segunda-feira, 19 de abril de 2010

O Gigolo...


Hoje o dia for atribulado, mas acabou bem. Um convite de ultima hora para um café à beira mar!...

Um café à beira mar nunca se nega, sabe sempre bem ver e ouvir aquele mar.

Não é que a tua companhia me ponha nervoso mas por outro lado, talvez seja a tua vontade de me fazer “mal” que tenha feito com que virasse aquele copo de agua bem no meio das minhas pernas… Pois, eu sei…

Aproveitava agora, para falar do cambio sexual, é fantástico o mundo de ideias que se abre perante nós quando pensamos começar a falar sobre esse assunto.

Ela chegou, sentou-se virada para o sol. De óculos escuros, body de decote entreaberto chama o empregado para a servir.

Algo ali era suspeito, talvez o meu faro apurado me estivesse a querer dizer alguma coisa. Sim, acho que sim… As suas feromonas activas, permitiam-me o reconhecimento de uma fêmea letal.

Era capaz de a reconhecer no meio de um rebanho…

Pede uma meia de leite e um baileys, que combinação fantástica. Ali, despojada ao sol, pegava na chávena com um jeitinho fantástico de snob inglesa, e era!!!

Uns atrás dos outros, sugava os seus Black Devils, os cigarros de chocolate da moda e parecia impaciente. Ela estava impaciente….

Eu tentava perscrutar o que ia na sua impaciência, na sua cabeça e na sua razão. Era por ele que ela esperava, um rapaz na casa dos 28 anos, pinta de Brasileiro que chegará suado do ginásio que fica no piso de cima.

Ela estava fora dela. Quem se recorda da “NORMINHA” que tinha uma música tipo – “… você não vale nada mas eu gosto de você…” era ela, tinha todo o jeito.

De seguida, o rebelde rapaz musculado até aos dentes, pedira um café que a mesma pagou com uma nota de 50€. Estava muito previsível quem e a forma de pagamento. Eu acabara de apostar e ganhara.

Fumaram um cigarro, numa troca de sorrisos comprometidos e quando o troco chegou ela depositara-o do lado dele. Rapidamente os euros voaram para o seu bolso esquerdo das calças que o mesmo fez questão de amassar e empurrar para o seu interior antes que fossem levados pelo vento.

Passados 3 ou 4 minutos, ele abandonava a esplanada sozinho.

Estaria ela a pagar um serviço prestado ou um serviço futuro? Quem sabe!!!

Enquanto ela enrolava a aliança de ouro branco que exibia no dedo anelar da mão esquerda, com aquele sorriso traiçoeiro e maroto, eu imaginava-a com aquela roupa interior preta e felpuda a maltratar o pobre rapaz…

Ele arrancara rapidamente daquele lugar talvez para o carro dela, seria na minha imaginação um BMW X5 alugado, cor preta, que o mesmo conduzira à posteriori para um restaurante local e discreto. Comeriam uma especialidade à escolha acompanhada de um bom vinho tinto de 14 graus meio aquecido.

Já meia insegura de si, pronunciaria em tom vago para o pobre Brasileiro, «I want you in my bed…».

No quarto de hotel com o cio no red line, ela de seu estilo extravagante e com arrogância explora o rapaz que liga entretanto aquele número na sua cabeça, tipo táxi à tarifa – o cifrão $ e lhe grita: «… Come on You Horny Bitch…»

Negócios ou não, as reuniões da senhorita foram sempre muito proveitosas…

Tão unidos e apaixonados mas no final, dormem ambos separados…

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